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Quais as causas e tratamento para o zumbido no ouvido?

15 DE JANEIRO DE 2024
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O zumbido pode ser definido como uma ilusão auditiva, ou seja, uma sensação sonora não relacionada com uma fonte externa de estimulação. Na maioria dos casos, o zumbido é uma percepção auditiva “fantasma”, percebida apenas pelo paciente, característica que dificulta a investigação do problema.

Pode parecer um chiado, apito, cigarra, cachoeira, panela de pressão ou, mais raramente, o barulho do coração batendo no ouvido ou alguns cliques ou estalos. Alguns ouvem o zumbido somente no silêncio ou quando prestam atenção em seus ouvidos; outros o ouvem o dia todo.

O zumbido é um sintoma – e não uma doença específica – o que significa que ele pode ter uma ou várias causas, como acontece com a febre ou com a dor de cabeça.

Pode aparecer em qualquer idade, inclusive nas crianças, mas é mais frequente na terceira idade. Ocorre em cerca de 25 a 28 milhões de indivíduos no Brasil.

Causas

Excesso de cera, infecções e lesões do ouvido são causas possíveis do problema. No entanto, muitos outros fatores que aparentemente não têm nada a ver com o sistema auditivo podem dar origem a esse sintoma. Desvios de coluna, alterações cardiovasculares, diabetes, disfunções da articulação da mandíbula e consumo excessivo de cafeína, álcool e tabaco são alguns deles.

A impressão de que o zumbido atinge mais os idosos é falsa, mas tem uma explicação: cerca de 90% dos casos têm como causa principal a perda auditiva. Como esse problema atinge mais a terceira idade, há mais ocorrências de zumbido nessa faixa etária. O som incômodo, entretanto, pode aparecer em qualquer idade, em pessoas com audição normal ou não. Há, porém, relação com o gênero: ainda sem explicação, o problema acomete mais o sexo feminino.

Tratamento

A forte ligação entre zumbido e perda auditiva facilita bastante o tratamento. Nesses casos, para a maioria dos pacientes, o uso de aparelho amplificador é suficiente para acabar com os dois problemas.

Quando o problema não decorre de perda auditiva, tenta-se identificar a causa. Essa é uma das partes mais difíceis do tratamento, já que, tirando o zumbido, o problema original pode ser totalmente assintomático.

Quando se torna inviável investigar todo o organismo em busca da causa do zumbido, a orientação é identificar os “gatilhos”, elementos que disparam ou pioram o desconforto. Álcool, sal, doces, chocolate, cafeína e nicotina são gatilhos comuns, mas nem sempre existe um elemento disparador.

Quando nenhum gatilho é localizado, alguns medicamentos podem funcionar. Sua prescrição e acompanhamento no uso devem ser feitos por um médico.

Nos anos 1990 foi desenvolvida uma terapia de adaptação chamada Terapia de Habituação ao Zumbido, que consiste em habituar o paciente a conviver com o som a ponto de não mais notá-lo. O tratamento é longo, estende-se por 18 a 24 meses, e durante todo esse tempo é feito um aconselhamento psicológico.