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Laringectomia Total: Avanços médicos rompem o impossível há 150 anos

04 DE DEZEMBRO DE 2023
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Em 1873, algo que parecia impossível foi realizado. Hoje, em 2023, cirurgiões de cabeça e pescoço em todo o mundo dominam essa habilidade com um avanço evolutivo impensável há 150 anos. Naquela época, a remoção completa da laringe para tratar câncer era ousada, mas agora, mesmo sem esse órgão, os pacientes recuperam a voz.
 

Após 150 anos desde a primeira laringectomia total feita pelo Dr. Christian Albert Theodor Billroth, na Áustria, em dezembro de 1873, o que era impensável naquela época se tornou realidade: pacientes conseguem falar novamente, apesar da ausência da laringe.
 

Entenda a Laringectomia Total:

A laringectomia total envolve a remoção completa da laringe, realizada por cirurgia, para tratar um câncer avançado que não responde a tratamentos menos invasivos. Quando o diagnóstico é precoce, é possível tratar a doença sem a necessidade de remover toda a laringe.
 

O Papel da Laringe:

Localizada na garganta, a laringe é vital na produção da fala e na prevenção da aspiração de alimentos para os pulmões durante a alimentação. Ela é subdividida em glote, supraglote e subglote, sendo na glote onde estão as pregas vocais, essenciais para a produção de sons e, consequentemente, para a fala. O câncer na laringe pode comprometer a capacidade de falar.
 

Reabilitação Após a Cirurgia:

A remoção da laringe impacta na fala e na respiração, levando à necessidade de respirar através de uma abertura na traqueia no pescoço (traqueostoma). Profissionais, como fonoaudiólogos, auxiliam na adaptação do paciente a essas mudanças, oferecendo novas formas de comunicação e respiração.
 

As opções de reabilitação vocal incluem:
 

  • Prótese Fonatória: Um procedimento onde é inserida uma prótese entre o esôfago e a traqueia, permitindo a passagem do ar pela garganta para produzir sons e recuperar a fala, resultando em uma voz próxima ao normal.
     
  • Laringe Eletrônica: Também conhecida como eletrolaringe, é um dispositivo eletrônico externo que, quando pressionado no pescoço, transfere som para a boca, possibilitando a emissão de voz. Esta opção resulta em uma voz com qualidade mecânica.
     
  • Voz Esofágica: Uma técnica ensinada e treinada por fonoaudiólogos, na qual o paciente aprende a movimentar o ar no esôfago e na garganta para emitir sons usados na fala. Esta voz, embora rouca, não requer aparelhos ou próteses para comunicação, possibilitando diálogos curtos.